Helder Queiroz e Marcelo Colomer

Em muitos países, a importância dos compromissos assumidos no Acordo de Paris, em 2015, reservou ao gás natural a função de fonte de energia da transição, com um foco bastante preciso: substituir, com vantagens ambientais, o carvão na geração termoelétrica.
Também nos EUA, motivada pela extraordinária expansão da produção de gás não convencional, a matriz elétrica sofreu forte mudança estrutural. Em 2001, o carvão e o gás natural representavam, respectivamente, 51%e 17% da geração elétrica. Em 2019, essas participações passaram a ser de 23% e 38%, com ganhos ambientais igualmente significativos[1].
Em 2020, a forte redução da demanda de energia obrigou a revisão dos cenários de longo prazo, elaborados por diferentes instituições, governos e empresas. Além de sinalizar praticamente o fim das oportunidades para centrais térmicas a carvão, a AIE observa também uma contínua perda de competitividade das térmicas a gás vis-à-vis as fontes renováveis, em particular, eólica e solar.
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