
O gás natural talvez tenha sido o combustível fóssil com maior resiliência durante o ano de 2020. Isto é, apesar da queda do consumo de 2,3%, a mesma verificada na crise financeira de 2009, a participação do gás natural na matriz energética mundial manteve seu crescimento, atingindo 24,7%. (BP, 2021)
O consumo de gás natural se reduziu basicamente em todas as regiões, com exceção da China e do Iran que viram o consumo do energético aumentar em 6,9% e 4,0% respectivamente. Nos EUA e na Europa, a redução do consumo foi respectivamente de 2,6% e 2,5%. (BP, 2021)
A produção mundial de gás natural em 2020 acompanhou a queda da demanda se reduzindo em 3,3%. Na Rússia e nos EUA, essas quedas foram de 41 e 15 bcm, respectivamente. Seguindo a tendência da produção, houve uma redução dos esforços exploratórios o que levou a uma redução das reservas provadas de 2,2 Tcm (BP, 2021). Atualmente a relação reserva produção (R/P) no mundo é de 48 anos, com destaque para o oriente médio (110 anos).
Figura 1 – Produção e Consumo de Gás Natural por Região
Fonte: (BP, 2021)
A pandemia do Covid-19 também reduziu significativamente o comércio de gás natural, que se contraiu em 5,3%. O comércio de GNL aumentou apenas 0,6%, patamar este muito abaixo dos últimos 10 anos (média de 6,8% ao ano) (BP, 2021). As regiões mais afetadas pela redução do comércio de GNL foram a Europa e a África.
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