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O setor elétrico brasileiro: caminhando por interesses que afetam a segurança de abastecimento

In energia elétrica on 05/12/2020 at 14:04

Renato Queiroz

A transição energética para um mundo com economias de baixo carbono é um desafio, talvez um dos maiores neste século, que a população mundial enfrenta para diminuir os efeitos nocivos das mudanças climáticas. Isso envolve investimentos em inovações tecnológicas em vários setores da sociedade: industrial, residencial, energético, comercial, agrícola, transporte. Consequentemente as mudanças de comportamentos estarão nesse contexto. Um desafio particular dentro de um desafio maior.  A eletrificação crescente das economias é um caminho sem volta.  Esse processo, no entanto, só ocorre em um ritmo adequado com um processo coordenado de implementação de políticas públicas pelos governos. A meta é alcançar novos dispositivos, equipamentos e materiais aptos a suprir as necessidades humanas e que diminuam os gases de efeito estufa. Há, ainda, uma importante necessidade de incrementar a formação educacional e profissional da população, sobretudo os jovens que vão ingressar neste mundo rodeado de novas tecnologias. Mas a sociedade, como um todo, também necessita de estar preparada para aceitar e usar as novas tecnologias, ou seja, o processo de socialização ao acesso do produto da inovação tem que estar na elaboração de políticas públicas.  

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Centros Tecnológicos da Eletrobras: Uma oportunidade no pós-pandemia

In energia elétrica on 13/04/2020 at 17:45

Por Renato Queiroz

 A economia mundial sente fortemente os reflexos da epidemia causada pelo novo coronavírus (COVID-19). A notícia dessa infecção chegou ao público em dezembro de 2019, vinda da China. As consequências desse fato, que se espalhou rapidamente pelo planeta, levou a uma desaceleração das atividades econômicas, inicialmente na China, mas que se difundiu em um mundo globalizado.

Outras implicações já estão sendo impostas aos países, quanto às percepções da necessidade de políticas públicas eficazes e a atuação mais forte do Estado nos setores estratégicos. Nesse contexto a atuação de Estatais do setor energético poderão ser alavancas no pós-pandemia, pois uma estrutura já existente diminui esforços na busca de inovações tecnológicas e na diminuição da dependência. É o caso da Eletrobras com seus Centros de Pesquisas, no que se refere ao setor elétrico.

Uma questão importante é a ilusão de que os esforços obtidos na transição energética dos fósseis para renováveis devam ser postergados, sobretudo por questões econômicas. A pandemia já é estudada por especialistas como consequência das ações nocivas ao meio ambiente. Afinal a crise climática pode levar a uma estagnação da economia, como está sendo com a pandemia atual. A pressão dos Organismos Internacionais pode, inclusive, acelerar as ações que aumentem a participação de renováveis nas matrizes energéticas dos países.

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